Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro

 

 


 

Dengue: Rio quer ser exemplo de combate ao mosquito. Saiba mais

21/02/2018 12:05:00  » Autor: Foto: Internet


O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, esteve, na manhã desta quarta-feira (21), no seminário sobre o 2º ano da campanha "Aqui Mosquito não se cria", no Centro de Convenções Sulamérica, na Cidade Nova. A campanha, criada por decreto (n.º 42.795) de 1º de janeiro de 2017 e iniciada em fevereiro do ano passado, gerou mobilização nas escolas municipais para prevenção e combate à dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. O mote principal da campanha este ano é a divulgação sobre o Wolbito, novidade no enfrentamento das três doenças. 
 
"Ano passado, já em parceria com a Fiocruz, fizemos um amplo trabalho de combate ao mosquito da dengue. Agora, temos a novidade de uma bactéria, a Wolbachia, que poderá não só diminuir a dengue, a zika e a chikungunya no nosso município, mas erradicá-las. Hoje a Fiocruz está fazendo uma palestra para milhares de diretores e professores de Ciências, que depois vão levar para nossas crianças da rede pública. E essas crianças, para os seus lares. Nós queremos que o Rio de Janeiro seja uma vitrine da Fiocruz para o resto do Brasil e, quem sabe, um exemplo para o resto do mundo", declarou Crivella.
 
O Wolbito é um Aedes aegypti que carrega uma bactéria chamada Wolbachia, introduzida nos ovos do mosquito, sem qualquer modificação genética. Essa bactéria, quando presente no mosquito, limita a capacidade do inseto de transmitir dengue, zika e chikungunya. E o transforma, portanto, em um aliado no combate aos vírus. Quando um mosquito macho, com ou sem Wolbachia, se reproduz com uma fêmea portadora da bactéria, só nascem Aedes aegypti com Wolbachia. A nova "arma" é resultado de pesquisas desenvolvidas pela Universidade de Monash, em Melbourne, na Austrália.
 
Através de parceria da Secretaria Municipal de Educação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é feito um trabalho de informação e esclarecimento para educadores e alunos da rede municipal. A Fiocruz é a representante do Brasil no World Mosquito Program (WMP), programa mundial, sem fins lucrativos, criado para proteger a população de doenças transmitidas por mosquitos.    
 
Um dos principais objetivos da campanha é estimular o envolvimento direto dos alunos com as ações de prevenção. Para isso são feitas atividades pedagógicas de vários tipos. Uma delas, a dedicação de ao menos dez minutos por semana para buscar possíveis focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus. São feitas também caminhadas no entorno da unidade escolar com alunos, pais ou responsáveis, professores e funcionários, que se unem a associações de moradores, representantes da Comlurb e agentes de Vigilância em Saúde para divulgar alertas e informações sobre as três doenças. Há ainda realização de gincanas, utilização das Rádios Escolares e Cineclubes, criação de podcasts, produção de texto e desenvolvimento de trabalhos de arte voltados para o assunto.
 
O seminário desta quarta-feira reúne coordenadores regionais da Secretaria Municipal de Educação; diretores de unidades escolares; professores de Ciências; e profissionais das Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social e Direitos Humanos que atuam nos Núcleos de Saúde na Escola e na Creche. Participam do evento cerca de 3.400 pessoas.

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