Os primeiros caminhos do metrô

16/09/2013 03:00:00


Nos dias de hoje, é impossível imaginar a nossa cidade sem o metrô. Esse importante meio de transporte, que inclusive está em fase de expansão atualmente, só teve início no Rio em 1970, após muitas, e acaloradas, discussões e propostas. As obras começaram a cortar as ruas e bairros da cidade sob o descrédito da população e da mídia em relação a um empreendimento tão grande, principalmente pelo fato da cidade ser cercada por morros e ser localizada à beira-mar.

 

O primeiro trecho aberto, que ligava a Glória à Cinelândia, sofreu duras críticas por ser "uma extensão facilmente percorrida a pé", diziam na época. Porém, ainda na primeira fase de implantação, o trem subterrâneo ligou a Tijuca a Botafogo, passando pelos bairros do Estácio, do Centro, da Glória, do Catete e do Flamengo, resultando em vários imóveis desapropriados e demolidos em função do projeto traçado.

 

Nos largos da Carioca e do Machado, a obras do metrô exigiram supressão de logradouros e a demolição de prédios tradicionais, como o Tabuleiro da Baiana e o bar Lamas, caso mais ilustrativo, pois era onde se reunia a boêmia carioca. Por outro lado, também foi supostamente creditado ao metrô um episódio da história da cidade que nunca foi claramente explicado: a demolição do palácio Monroe.

 

Teorias a parte, as primeiras estações foram inauguradas em 1979, com cerimônias que contaram com a presença, inclusive, do então presidente brasileiro Ernesto Geisel e de seu sucessor João Baptista Figueiredo. Atualmente, o metrô do Rio de Janeiro é o segundo mais movimentado em número de usuários/dia no país, transportando diariamente cerca de 645 000* passageiros, totalizando mais de 180 000 000 por ano, em suas 35 estações distribuídas em duas linhas.

 

*Números extraídos do site Metrô Rio.

 


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